Há muitos anos que dedico tempo à agricultura e pecuária, aliás, o gosto por essas actividades já vem de várias gerações atrás, no entanto nunca (como agora) tinha colocado este gosto a meu favor e nos últimos anos até me afastei (por falta de tempo) destas actividades. À cerca de um ano decidi então dar (re) vigor a esta ideia,pois senti que era um desperdício enorme manter tudo ao abandono, então arregacei as mangas e dei um pontapé na comodidade e monotonia, iniciei em Janeiro a transformação dos sectores da Quinta e só em Julho decidi publicar este blog. Embora muito básico e ainda a dar os primeiros passos sei que o blog é útil a muita gente e é também muito útil para a exploração agro-pecuária ''Quinta da Fonte Coberta''.
Quando o iniciei estava sobretudo preocupado com o Souto de Castanheiros completamente abandonado e a gerar castanhas para javalis, ratos, cobras, coelhos, veados, etc, etc. E estava também preocupado com o tamanho das espécies invasores (nomeadamente a giesta) que estavam a destruir tudo e ainda a representar uma ameaça para as populações, devido aos incêndios.
No sentido de aliviar a dependência alimentar decidi então partir para o cultivo de alguns hortícolas nomeadamente do tomateiro, da alface e da cebola entre outros. Por muito pouco não atingi a sustentabilidade na alface, fico feliz no entanto, pois o factor determinante para não atingir os 100% sustentabilidade foi a partilha, ou seja, a doação de alfaces a amigos.
Em termos de receitas os sectores que geraram maior rentabilidade foi o sector do pinhal e o aviário, pois apresentam transaccionáveis de maior valor, porém os sectores que mais evoluíram foram sobretudo as hortas e o pomar.
2012 será um ano com o maior trabalho de capinagem que alguma vez se realizou em todos os sectores da Quinta, até porque é meu objectivo alcançar 50% de acessibilidade e gestão em todos os sectores. Aquele que representa maior resistência é sobretudo toda a área de castanheiros, na verdade é área só acessível a mão de obra braçal devido à inclinação do terreno.
2012 será um ano com o maior trabalho de capinagem que alguma vez se realizou em todos os sectores da Quinta, até porque é meu objectivo alcançar 50% de acessibilidade e gestão em todos os sectores. Aquele que representa maior resistência é sobretudo toda a área de castanheiros, na verdade é área só acessível a mão de obra braçal devido à inclinação do terreno.
No pomar, no olival, no pinhal, no souto a palavra de ordem será capinar.
Vale a pena lembrar:
in Observatório das desigualdades: A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que entre 2009 e 2010 o número de pessoas subnutridas a nível mundial diminuiu de 1.023 mil milhões para 925 milhões – a primeira descida num período de quinze anos. De acordo com a organização, este facto deveu-se à melhoria das condições económicas nos países em desenvolvimento e à diminuição dos preços dos alimentos face a 2008. A Ásia e o Pacífico é a zona com um maior número de pessoas subnutridas, embora a África Sub-sahariana seja a mais afectada por este flagelo em termos relativos: 30% da sua população. Neste relatório preliminar, é referido que 2/3 da população mundial subnutrida concentra-se em sete países (Bangladesh, China, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia e Paquistão), sendo que a China e a Índia agregam em conjunto 40% do número de pessoas que a nível mundial se encontram nesta situação. Apesar da diminuição estimada de 98 milhões de pessoas subnutridas entre 2009 e 2010, 16% da população dos países em desenvolvimento era, neste último ano, afectado pelo problema da subnutrição. Este resultado indica que muito dificilmente se poderá cumprir a primeira das metas definidas nos Objectivos do Milénio: a diminuição para metade (de 20% para 10%) da população mundial subnutrida, entre 2000 e 2015.
Fotografia de Munir Uz Zaman, publicada no site da FAO. |
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