kiwi após colheita |
Este mês não tenho conseguido desenvolver as actividades que projectei, no entanto resta-me sempre tempo para desenvolver as obrigatórias. Tinha ideia de publicar um post sobre 'poda', mas como sei que é um tema que gera muita discussão prefiro não efectuar a dita publicação... existe muita escrita sobre poda e até muitos pseudo-entendidos na matéria e como já senti na pele a contratação de um podador diplomado em chico-espertismo este ano vou realizar apenas as podas óbvias e realizar algumas experiências para aprender um pouco por observação e tentar obter alguns conhecimentos através de um Engenheiro Agrónomo.
Hoje escolhi a Actinidia arguta (kiwis dióicos) para divagar um pouco, as trepadeiras que tenho já são antigas e por isso são dióicas, isto é, têm flores femininas e masculinas em pés diferentes. Actualmente existem algumas variedades que são monóicas, cujos órgãos florais masculino e feminino se desenvolvem completamente na mesma planta, ficando assim aptos a executar a auto fertilidade e a produzirem fruto.
As plantas jovens de kiwi devem ter uma protecção contra a geada nos primeiros anos após a plantação, ou então só devem ser transplantadas as que já estiverem lignificadas (lenhificadas, se preferirem), só assim sobreviverão sem doenças, mesmo nos Invernos mais duros. Se se atarem os tronquinhos (como aliás, se deve fazer à maioria das trepadeiras) e se se proceder ao desbaste, as plantas manter-se-ão em forma. Podem ser presas a uma estaca ou crescer em latada, tal como uma videira.
Os frutos amadurecem no Outono e devem ser trazidos para casa, para aí amadurecem um pouco mais, deste modo não ficam moles demais rapidamente.
Lamento profundamente passar em algumas superfícies comerciais e apenas encontrar este produto vindo da Nova Zelândia, é de facto triste assistir a este crime lento, Portugal têm excelentes condições para a produção de todas as variedades de Kiwis sejam elas da espécie arguta ou chinensis; ainda por cima Portugal tem desemprego em abundância... esta é daquelas importações que desequilibra a nossa balança comercial e ainda por cima gera desemprego e abandono agrícola.
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